segunda-feira, 20 de abril de 2009

Doenças infecciosas mata 44 mil por ano

Cerca de 44,3 mil pacientes internados em todo o País morreram no ano passado em decorrência de doenças infecciosas e parasitárias. Com um aumento de 5% em relação ao ano anterior, elas foram a terceira causa de óbitos nos hospitais brasileiros, atrás apenas das doenças dos aparelhos circulatório e respiratório. Os dados do Sistema Único de Saúde (SUS), tabulados pela reportagem, revelam que enfermidades como hepatite e infecção generalizada (septicemia) ainda continuam sendo apontadas entre as causas de morte ou ajudaram a aumentar a letalidade de doenças oportunistas decorrentes de problemas, como a baixa imunidade. Em comparação aos índices do século passado - quando as enfermidades causadas por parasitas e infecções respondiam por até 50% das mortes -, a evolução é clara. Isso porque, no total da população, esse grupo de doenças é hoje responsável por 5% dos casos letais, ocupando a sétima causa de óbitos, segundo os Cadernos de Informação em Saúde, atualizado pelo Ministério da Saúde em fevereiro. A situação muda em relação aos indicadores de morte após tratamento hospitalar. Nesse caso, os números de óbitos causados por doenças infecciosas e parasitárias crescem. As doenças endêmicas tiveram uma queda drástica nos últimos anos. Por outro lado, com o envelhecimento da população e a consequente queda da imunidade, as infecções se tornaram mais prevalentes, diz o infectologista Marcos Boulos, diretor da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. A septicemia, por exemplo, mata, em média, 20 mil brasileiros ao ano e, nesse grupo de doença, é a principal causa de morte. Pacientes que se tratam de câncer, aids ou que passam por transplante fazem parte da população mais exposta ao risco.

Alfabetização precoce gera polêmica

Aprender a ler e escrever já na primeira infância garantirá adultos mais capazes e bem-sucedidos? A alfabetização precoce, dúvida que tira o sono de muitos pais, ganha cada vez mais adeptos nas escolas infantis da capital paulista. A tendência não agrada a boa parte dos especialistas, que dizem que criança tem de ser criança. Outros, porém, defendem a antecipação. Pesquisas mostram que as escolas infantis são para aprender diferentes tipos de linguagem. A escrita não deve ser prioridade?, diz Maria Letícia Nascimento, da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP) e do Fórum Paulista de Educação Infantil. Segundo especialistas, a corrida para saber ler e escrever foi impulsionada com a recente aprovação da lei, que aumentou a duração do ensino fundamental de 8 para 9 anos. Para que seus alunos não chegassem a essa etapa despreparados, colégios particulares anteciparam o início da alfabetização para os 3 anos. A motivação, em geral, vem da ansiedade dos pais. Muitos acreditam que o filho tem de ser o melhor. Por isso esperam que tenham o conhecimento antecipado, observa Maria Letícia. Mas, segundo ela, não é colocando o filho em uma escola que ensina alemão no 1º ano de vida que os pais vão garantir que a criança seja um adulto melhor. O importante é que nessas escolas ela viva bem a infância.

Lojas devem reduzir hoje preço dos Eletros

Músicas reduz o estresse

Música reduz estresse e ajuda o coração.
Pesquisadores dos EUA compilam dados de 23 pesquisas e constatam que 30 minutos de música podem auxiliar na redução da pressão arterial.Cientistas norte-americanos afirmaram que ouvir música pode auxiliar no tratamento de pessoas que sofrem de estresse e ansiedade associados à doença coronária. O estudo comparou dados de outras 23 pesquisas, compostas pelo total de 1.461 pacientes. O relatório da análise publicada na revista Cochrane Systematic Reviews mostra que os pacientes, submetidos geralmente a sessões com 30 minutos de música, apresentaram redução na pressão arterial, no ritmo cardíaco e nos níveis de estresse e ansiedade. O estudo mostra que portadores de problemas cardíacos sofriam de estresse e, ao ouvir música, sentiam "certo alívio". A pesquisadora Joke Bradt, da Temple University da Filadélfia, nos Estados Unidos, explicou que pacientes expostos à música tiveram 5.72unidades (em uma escala de 2 a 8) menos ansiedade do que pacientes não expostos. A música também se mostrou útil na redução de ansiedade em pacientes com infarto do miocárdio. Não foram encontradas evidências de que a música tenha reduzido a ansiedade em pacientes que estavam sendo submetidos a procedimentos cardíacos. Tampouco se notaram efeitos nos casos de depressão. Suspeitamos que intervenções musicais ativas oferecidas por um terapeuta musical podem ser mais efetivas, pois é pouco provável que a audição passiva de músicas pré-gravadas aumente os sentimentos positivos do paciente.

Mudanças Ortográficas

Entre voos, pinguins tranquilos e boas ideias, as mudanças do acordo ortográfico nos países de língua portuguesa ainda causam estranhamento em muita gente. Com algumas regras ainda sem definição, tirar dúvida sobre as novas grafias na internet não é tarefa fácil – já que muita gente escreve errado na rede e, nesse caso, o Google não dá conta do recado. Enquanto os corretores automáticos dos programas editores de texto tentam sanar as deficiências, o site Um português é ferramenta interessante para tira-teima nosso de cada dia. E o melhor: é de graça.

Baseado diretamente no documento compartilhado por Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste, o site cruza os dados do acordo ortográfico e as dúvidas dos usuários, para sanar de vez os problemas dos sedentos de certeza.

Com interface simples, o sistema funciona como qualquer tradutor on-line: o usuário digita o volume de texto que deseja “converter” para a nova grafia. Para entender como funciona, vale usar o texto de exemplo do site, “Não agüento o cheiro da geléia de pêra feita no microondas, fico com enjôo.”

Quando o usuário clica em enviar, além de fazer a correção automática, o sistema explica cada uma das cinco falhas detectadas (aguento, enjoo, geleia, pera e micro-ondas são as bolas da vez), dissecando as regras, dando outros exemplos e apresentando as exceções. Isso torna o Um português a ferramenta completa, que tira a dúvida e ainda ensina, para além dela. Quem tem dúvidas deve consultar a internet ou um professor de português.

Bancos tentam fisgar aposentados

Promoções, kits de cosméticos e até vales-saúde transformaram-se nas principais iscas usadas pelos bancos para tentar fisgar os cerca de 18,5 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) com o crédito consignado. Elas, as iscas, serão as estrelas na primeira de uma série de campanhas publicitárias que vão estourar mês que vem, em busca da retomada dos empréstimos com desconto direto nos benefícios. Já tem banco oferecendo até R$ 6 milhões em prêmios aos agentes bancários, conhecidos como “pastinhas”, que ultrapassarem as metas de vendas dos contratos no país. Desde que o INSS voltou atrás e restabeleceu, em março, a margem consignável (comprometimento de renda da aposentadoria) de 20% para 30%, as operações não param de crescer.

Em Sergipe, o volume de vendas de empréstimos para aposentados saltou 40% em um mês e 70% dos correspondentes bancários já voltaram à carga, depois de praticamente fecharem as portas ano passado devido à crise mundial e redução da margem. Segundo as pesquisas as investidas das operações de telemarketing e as divulgações em associações de aposentados voltaram com força total. Alguns agentes bancários que haviam saído do negócio estão retomando as atividades, e os que ficaram estão trabalhando de forma mais agressiva. Este ano vai ser muito bom para o setor, embora não volte a ser o que já representou um dia.

Consumidores tentam driblar a crise

A classe média brasileira deu um salto de 26% nos últimos cinco anos e já representa 53% da população brasileira. São quase 100 milhões de indivíduos que passaram a ocupar a fatia intermediária da pirâmide, com renda familiar entre R$ 1.115 e R$ 4.807. Um crescimento que veio com a ampliação da renda familiar e do acesso ao crédito, às prestações e aos sonhados bens de consumo. Em plena crise financeira mundial, a base da economia está fazendo uma ginástica para manter o orçamento em dia e adiou planos de pagamento a longo prazo, mas atravessa tudo isso sem abrir mão das conquistas. Bens como internet, telefonia celular e eletrodomésticos, uma espécie de luxo essencial, continuam em destaque nas despesas das famílias. Na cesta do supermercado, os itens adicionados nos últimos anos também não foram cortados.
Segundo pesquisa realizada pela agência de publicidade Nova S/B em parceria com o Ibope, diretamente com consumidores da classe média, 72% dos 4,5 mil entrevistados ainda não alteraram os hábitos de consumo em decorrência da crise e 44% sequer pretendem alterá-lo. Quando se fala em lista de compras, vestuário, supermercado, celular, lavadora de roupas, televisores e produtos de beleza figuram entre os mais desejados. A alimentação ainda é o carro-chefe, mas os pequenos prazeres se tornaram fundamentais.

Lacen distribui kits para Esquistossomose

O Laboratório Central de Saúde Pública Parreiras Horta (Lacen) começou a intensificar nos municípios sergipanos a distribuição de kits para testes de coproscopia, utilizados no exame parasitológico de fezes para detectar os casos de esquistossomose. O objetivo da medida é descentralizar a realização de diagnóstico laboratorial desses exames.

De acordo com a bióloga Catarina Zita Araújo, responsável técnica pelo Laboratório de Entomologia do Lacen, os kits - produzidos pelo Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos), da Fiocruz, no Rio de Janeiro - começaram a ser entregues no final do ano passado. "A meta é distribuir o material para os 54 municípios considerados áreas endêmicas e que estão inseridos no Plano Nacional de Controle da Esquistossomose, do Ministério da Saúde", explica.

Para atingir os 54 municípios sergipanos, o Governo Federal encaminhará, ao todo, 1,6 mil kits ao Lacen. Cada um deles permite a realização de até 100 testes de coproscopia. Do final de 2008 até agora, já foram distribuídos cerca de 300 kits, dos quais 150 apenas este ano.

Hemose conta com parceria da FANESE

Cerca de 90 estudantes dos cursos de Administração e Direito da Faculdade de Administração e Negócios de Sergipe (Fanese) participaram na noite da última quinta-feira, 16, da campanha 'Santo de Casa Também Faz Milagre', promovida pelo Centro de Hemoterapia de Sergipe (Hemose). Esta já é a quarta vez que a Fanese colabora com a iniciativa do Hemose, que tem como objetivo aumentar as doações de sangue.

A coleta aconteceu no primeiro piso do Shopping Riomar e também contou com a colaboração de professores e funcionários da instituição de ensino superior. A última participação do grupo ocorreu em dezembro do ano passado. De acordo com a gestora de Recursos Humanos da Fanese, Fernanda Barros, a faculdade já inseriu as doações coletivas em seu calendário acadêmico.

"Somos parceiros do Hemose e vamos continuar doando semestralmente. A próxima ação deve ocorrer na primeira semana de outubro", adiantou Fernanda. Ela acrescentou que a presença da equipe do hemocentro na faculdade facilita as doações, já que a maioria dos estudantes não tem tempo de ir até ao banco de sangue. "A gente ganha tempo e não deixa de ser solidário às pessoas que precisam da reposição do sangue".

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Preço dos genéricos supera os de marca

A partir desta quarta-feira, os fabricantes de medicamentos podem reajustar os preços de seus produtos em até 5,9%. O aumento, autorizado pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), vale para cerca de 20 mil remédios. Nas prateleiras das farmácias, no entanto, o reajuste não deve ser imediato para o consumidor. Muitos lojistas prometem segurar o preço até acabar o estoque antigo. A própria Anvisa espera que o reajuste não seja praticado por todos os laboratórios, em função da forte concorrência.

A guerra de preços na indústria farmacêutica, contudo, já leva medicamentos genéricos a serem vendidos por preços maiores do que os de marca. Em alguns casos, chegam a custar duas ou três vezes mais. É o caso, por exemplo, do antibiótico Clindal, do Laboratório Merck. A caixa de 500mg com três comprimidos é vendida por R$ 9,30 na farmácia Farbrasil. Já o genérico azitromicina sai por R$ 34,40, variação de 270%. O emagrecedor Síbus, da Eurofarma, também apresenta diferença grande de preço. A caixa com 30 comprimidos de 15mg é vendida na Ligue Farma por R$ 27,45. O genérico da marca, o sibutramina, sai por quase o dobro do preço: R$ 50,75.

A explicação, segundo as farmácias, é que os grandes laboratórios estão reduzindo o preço de seus produtos de marca para não perder clientes. “A concorrência entre os laboratórios está muito grande. O preço mais baixo é uma política das indústrias para não perder mercado para os genéricos. Há muitas promoções”, afirma Lázaro Luiz Gonzaga, presidente do Sindicato do Comércio Farmacêutico de Minas Gerais (Sincofarma) e um dos vice-presidentes da ABC Farma.

Os fabricantes tiveram até terça-feira para apresentar à CMED relatório com os preços que pretendem praticar ao longo do ano. De acordo com a Anvisa, as indústrias que não cumprirem a medida poderão ser multadas em valores que variam de R$ 212 a R$ 3,2 milhões. Os remédios homeopáticos e fitoterápicos não estão submetidos a esse controle. O gerente da Farbrasil, Roberto Carlos Soares, afirma que a reposição de preços na sua loja vai ser feita gradativamente. “Vou repassar aos poucos, pois a concorrência está muito grande”, diz.

O administrador Leonardo Pinheiro já encontrou remédio de marca mais barato do que os genéricos. Ele gasta mensalmente cerca de R$ 200 com medicamentos. “Faço sempre a cotação. Se o genérico está mais barato, não tenho nenhum preconceito. A disputa entre as drogarias está acirrada.

Preço material construção deve cair

As lojas de material de construção já estão vendendo produtos com o IPI reduzido (Imposto sobre Produtos Industrializados). O corte foi anunciado na segunda-feira e começa a valer hoje.

Cai preço de material de construção e imóvel novo
Para o setor, prazo de 3 meses é pouco
Segundo a Anamaco (Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção), as grandes redes começaram a oferecer desconto antes mesmo de o produto mais barato chegar a elas -nos itens de estoque comprados com o preço antigo.

O repasse será feito gradualmente. Algumas redes afirmam que, até a semana que vem, poderão ter todos os itens que caíram já com o preço novo. A maioria caiu de 5% para zero.

A dica para o consumidor é pesquisar bastante antes de comprar. Ao todo, 30 produtos tiveram o IPI reduzido. A medida vale por três meses.

O setor espera um aumento nas vendas, impulsionado principalmente por quem adiou a reforma da casa própria. "O consumidor vai voltar a comprar. Ele vai aproveitar esses 90 dias de IPI reduzido", afirma Cláudio Fortuna, diretor de marketing da Dicico.

Ele afirma que a empresa fará, a partir de amanhã, ofertas com alguns produtos que tiveram redução no IPI.
Hiroshi Shimuta, da Nicom e diretor da Anamaco, afirma que a medida irá beneficiar a população de baixa renda. "Na compra do material de construção para uma casa de 50m², há uma economia de R$ 1.500, que pode ser um banheiro a mais ou a compra de outros itens", afirma.

A C&C informou que espera, com a redução no IPI, um aumento nas vendas de 10% a 15% neste primeiro semestre.

Algumas lojas, como a Telhanorte, deverão marcar com cartazes os itens que estão com desconto por causa da medida do governo. O saco de 25 kg de cimento Portland Votorantim, por exemplo, que antes custava R$ 9,90, já baixou para R$ 9,50 na loja.

As vendas de janeiro a fevereiro do setor caíram 12% em relação ao mesmo período do no passado.

INSS vai atender por telefone

O INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) irá facilitar o acesso de cerca de 9 milhões de autônomos e contribuintes facultativos (donas de casa, estudantes e desempregados) que pagam a Previdência a alguns serviços.

Ficará mais fácil, por exemplo, consultar o CNIS (Cadastro Nacional de Informações Sociais), dados usados pelo instituto para conceder a aposentadoria em meia hora.

A partir de amanhã, esses contribuintes poderão agendar, por meio do site www.previdencia.gov.br ou pela central 135, o atendimento nas agências previdenciárias para alterar os seus dados cadastrais, a qualidade de segurado e dados de recolhimento. Além disso, eles poderão agendar o pedido de senha para acesso do cadastro de contribuições pela internet.

Hoje, para a realização desses serviços, o autônomo tinha que ir a um posto para agendar o atendimento. Ele faz duas viagens ao posto: uma para marcar e outra para ser atendido. Atualmente, os autônomos podem agendar perícias, concessão de benefícios e emissão de certidão de tempo de contribuição.

Serão beneficiados os contribuintes individuais (autônomos ou trabalhadores que trabalham por conta própria), caso dos taxistas e pintores, por exemplo, e os chamados facultativos (contribuintes que não possuem renda própria).

Há um tipo de contribuição para cada caso. Sobre o salário mínimo, os autônomos podem pagar alíquota de 11% (se abrir mão da aposentadoria por tempo de contribuição) ou 20%. Acima do mínimo, é sempre de 20%.

Já os contribuintes facultativos só pagam contribuição de 11% sobre o mínimo (R$ 51,15) e não têm direito à aposentadoria por tempo de contribuição. Em julho, mais autônomos deverão ser incluídos no INSS por meio do MEI (Microempreendedor Individual). Eles pagarão um imposto único.

A central 135 funciona de segunda a sábado, das 7h às 22h. A ligação é grátis de telefone fixo. De celular, a tarifa é local.