quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Governador de Sergipe visita Hospital do Câncer em Barretos

Uma experiência que sensibiliza e amplia as perspectivas na busca por oferecer um atendimento cada vez mais humanizado e eficaz na dura luta contra o câncer. Esta é a impressão que foi relatada pelo governador em exercício, Jackson Barreto, que, acompanhado da secretária de Estado da Saúde, Joélia Silva, e da médica radiologista que atua na SES, Waldhenice Ferreira, visitaram o Hospital do Câncer de Barretos, interior de São Paulo, que é tido como referência nacional e internacional em prevenção e tratamento das diversas doenças neoplásicas. A visita ocorreu na manhã desta quinta-feira, 3. Como instituição de especialidade, trabalhando há cinco décadas com Oncologia, o complexo que hoje envolve o hospital de Barretos abrange prevenção, diagnóstico, tratamento, ensino e pesquisa através de consistentes investimentos na busca por avanços da Medicina. Os serviços oferecidos pela unidade possuem acreditação nacional e internacional reconhecida pelos diversos órgãos reguladores, além de ser referência mundial em diversos índices relacionados a prognósticos e tratamento de pacientes. Ancestral Sergipano - A comitiva sergipana foi recebida pelo atual gestor do hospital Henrique Prata, um agropecuarista e empresário, que vem a ser filho do casal de médicos idealizador do complexo, Scylla Duarte Prata e Paulo Prata, este que vem a ser filho do médico sergipano de Lagarto, Ranulfo Prata, que migrou para o Sudeste nos anos 1950. Acompanhado de médicos e dirigentes do corpo clínico da instituição, o governador percorreu parte das diversas instalações que formam um enorme complexo, hoje ocupando todo um bairro, onde são oferecidos serviços de ponta que, pelos resultados obtidos, são considerados referência mundial. Muitos dos resultados obtidos devem-se a parcerias com instituições internacionais, grupos empresariais e artistas que, ao se depararem com a estrutura e o conceito de humanização que norteia todas as ações, passam a integrar a força propulsora que promove o avanço sem precedentes da instituição. "Esta é uma obra de renome em todo o Brasil e considerado o maior centro de tratamento em câncer da América Latina. Conhecendo de perto a instituição, nos chama a atenção a preocupação com a prevenção, humanização e comprometimento de todos os profissionais que fazem dessa magnífica estrutura uma referência. Ficamos muito felizes também em descobrir que tudo isso tem uma raiz de origem sergipana, oriunda do médico sergipano Ranulfo Prata, do município de Lagarto. Estamos agora iniciando as obras do Hospital do Câncer, e viemos aqui, beber dessa fonte, conhecer novas tecnologias, tratamentos modernos existentes para poder ajudar ao povo sergipano", afirmou o governador, referindo-se ao estágio de desenvolvimento e novas iniciativas, correlatas à construção do Hospital do Câncer em Sergipe. "Levo a melhor das impressões e queremos buscar um intercâmbio com os profissionais de Sergipe e os profissionais do Hospital do Câncer de Barretos, em São Paulo, afim de que possamos prestar melhores serviços à população sergipana", afirmou Jackson Barreto. Construção Continuada A busca dessas parcerias e a adoção de novos valores norteando o serviço oferecido também foram evidenciados pela secretária Joélia Silva como elementos fundamentais na experiência construída em Sergipe. "Além do nosso propósito imediato que era pensarmos em ampliações tecnológicas no setor de Oncologia e a criação de uma perspectiva de lógica funcional que oferece eficácia ao Hospital do Câncer num futuro próximo em Sergipe, a visão de parcerias efetivas com a Fundação Pio XII, que é a mantenedora desse hospital, para que pudéssemos investir numa área de detecção precoce do câncer, não apenas nas incidências em colo de útero e mama, como realizamos hoje no Caism, mas que possamos investir na prevenção das ocorrências em próstata, pele e outras ocorrências neoplásicas", destacou Joélia Silva. Dentro da extensa programação que incluiu a visita a uma das três mais avançadas salas de mamografia do mundo (com similares apenas da Bélgica e no Canadá), a chamada "Sensory Suit", onde a própria paciente escolhe os temas da ambientação que contempla a exibição de um vídeo temático, reduzindo a ansiedade e a tensão, passando por um centro cirúrgico que opera com robôs no maior centro de videocirurgia da América Latina, o Ircad, e também a uma fábrica de carretas que são verdadeiras clínicas ambulantes com pequenos centros cirúrgicos, tomógrafos digitais e laboratórios para percorrer locais de difícil acesso, anfiteatros onde os profissionais contam com assistência de dois professores em países diferentes, por videoconferência, a dimensão do trabalho realizado em Barretos impressionou a todos. "Esta fábrica de carretas nos fez pensar na possibilidade em levar a locais de difícil acesso um primeiro atendimento e detecção da doença. Tudo o que vimos foi grandioso no ponto de vista de pensarmos para além da proposta inicial, apenas do Hospital do Câncer, mas que pensemos em prevenção, investindo no cuidado como hoje é formulado, na capacitação dos profissionais focando na ação multiprofissional que, como vimos aqui, não decidem sozinhos, mas ampliam as discussões e as possibilidades de resolução", destacou a secretária de Saúde. Fé e Devoção O governador em exercício também externou a sua emoção em constatar a dimensão da obra em Barretos. "O que mais me sensibilizou foi a formação extremamente humanista dos médicos que trabalham aqui e a aplicação disto consorciado com as novas tecnologias. Equipamentos modernos, o perfeito entrosamento das equipes, se discutindo a oferta de serviços médicos gratuitos de qualidade, que nos faz perguntar se estamos mesmo no Brasil", pontuou Jackson Barreto. "Sei das nossas dificuldades financeiras, mas sei também que precisamos abrir mais nosso coração e encontrar pessoas com a formação pondo em prática o ‘juramento de Hipócrates´, o compromisso de fazer uma medicina humanizada que qualifique a relação do médico com o gestor público e com a família que está sendo atendida. Levo daqui maior e melhor das impressões, informações e o compromisso social e fé em Deus que move essa equipe, expressa na figura dos seus diretores e na história que nos foi relatada por Henrique Prata, nos mostrando que a raiz de toda a experiência e da vitória desse projeto tem origem em Sergipe, no município de Lagarto", contextualizou o governador. Orgulho em Compartilhar Já o gestor da unidade, Henrique Prata, destacou o seu empenho em viabilizar parcerias com o estado de Sergipe, que é berço de sua família. "Quando temos bons resultados, temos orgulho de que isso seja copiado e replicado em outros lugares. Como nossa família tem origem em Sergipe, ficaria muito feliz em saber que temos parcerias sendo executadas na área de prevenção, tratamento, já que temos 50 anos em Oncologia com o êxito de termos o melhor serviço da América Latina. Transportar um pouco disso para Sergipe nos enche de orgulho e fiquei envaidecido com o governador em exercício em se dispor a conhecer esse projeto e enxergar a essência disso para melhorar e somar com o que já existe em Sergipe", acrescentou o gestor do Hospital de Barretos. Hospital do Câncer em Sergipe A ministra da Casa Civil, Gleisi Hofmann, assegurou ao governador em exercício, Jackson Barreto, que o Governo Federal vai buscar alternativa para a liberação, ainda este ano, da emenda de bancada que garante recursos para a construção do Hospital do Câncer em Sergipe. A garantia foi dada nesta quarta, 2, em Brasília, no Palácio do Planalto. Na audiência, Jackson lembrou que "esta é uma questão emblemática para o Estado, uma demanda da população sergipana" e que o projeto foi iniciado pelo governador Déda. Os novos recursos (R$ 33 milhões) complementarão os R$ 80 milhões que serão empregados nas obras do novo hospital, cujo edital de licitação para as obras de terraplanagem do Hospital já foi publicado pelo Governo do Estado. A licitação está marcada para o dia 6 de novembro. Com a publicação, o Governo do Estado cumpre, mais uma vez, o compromisso com os pacientes oncológicos. A obra deve começar ainda este ano. A construção do Hospital do Câncer irá possibilitar uma melhoria significativa para os pacientes oncológicos do SUS em Sergipe. História Na década de 60, o único hospital especializado para tratamento de câncer situava-se na capital do estado de São Paulo e os pacientes que apareciam no Hospital São Judas de Barretos com a doença, eram, em sua maioria, previdenciários de baixa renda, com alto índice de analfabetismo. Por isso, tinham dificuldades de buscar tratamento na capital, por falta de recursos, receio das grandes cidades, além da imprevisibilidade de vaga para internação. Em 27 de novembro de 1967, foi instituída a Fundação Pio XII e, conforme memorando 234, de 21 de maio de 1968, assinado pelo Dr. Décio Pacheco Pedroso, diretor do INPS, passou a atender pacientes portadores de câncer. Este pequeno hospital contava com apenas quatro médicos: Dr. Paulo Prata, Dra. Scylla Duarte Prata, Dr. Miguel Gonçalves e Dr. Domingos Boldrini. Eles trabalhavam em tempo integral, dedicação exclusiva, caixa único e tratamento personalizado. Filosofia de trabalho que promoveu o crescimento da Instituição. Devido à grande demanda de pacientes e ao velho e pequeno hospital não comportar todo crescimento, o Dr. Paulo Prata, idealizador e fundador, recebeu a doação de uma área na periferia da cidade e propôs a construção de um novo Hospital que pudesse responder às crescentes necessidades. No ano de 1989, Henrique Prata, filho do casal de médicos fundadores do hospital, abraça a ideia do pai e com a ajuda de fazendeiros da cidade e da região realiza mais uma parte do projeto. O pavilhão Antenor Duarte Villela, onde funciona o ambulatório do novo hospital é inaugurado em 6 de dezembro de 1991.Dando sequência ao projeto que vem ganhando grandes proporções com a ajuda da comunidade, de artistas, da iniciativa privada. Com a participação financeira governamental, outras áreas do hospital estão sendo construídas para atender via SUS, os pacientes com câncer. Uma maneira que o hospital encontrou de homenagear estas pessoas que contribuem com esta causa é colocar nos pavilhões os nomes dos artistas. Acompanharam e orientaram as visitas os profissionais integrantes do corpo técnico da Instituição, Marcos Mattos, Edmundo Mauad, dentre outros técnicos da direção

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