terça-feira, 9 de julho de 2013

Diagnóstico da Hepatite C pela Rede Pública

Especialista destaca importância de diagnóstico da Hepatite C pela Rede Pública de Saúde Os Estados Unidos recomendam que todas as pessoas nascidas entre os anos de 1945 e 1964 façam teste de hepatite. Essa faixa de idade é conhecida como Geração Baby Boomer. São pessoas que nasceram a partir de uma explosão populacional após a 2º Guerra Mundial. O Departamento de Saúde decidiu criar uma força-tarefa para fazer os testes que podem indicar a contaminação em todas as pessoas nascidas entre 1945 e 1965. O professor gastroenterologista e hepatologista, Hugo Cheinquer, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), disse que estudos realizados nos Estados Unidos indicam que cerca de 80% dos infectados pelo vírus C da hepatite se encontram nessa faixa de idade. “Essas pessoas estavam em risco de infecção pelo comportamento da faixa etária, de mais transfusões de sangue e uso de drogas a partir da década de 60. O período pegou todas as modas que foram passando e se infectou mais que os outros. Oitenta por cento das pessoas com vírus C, nos Estados Unidos, estão nessa faixa etária”, explicou. O médico informou que as estatísticas brasileiras podem ser diferentes, até porque não há estudos populacionais suficientes para verificar se os infectados com vírus C, no país, nasceram no período da Geração Baby Boomer. Ainda assim, ele considera importante fazer uma avaliação entre os pacientes no Brasil, para verificar a faixa de idade. “Até hoje, tudo que os Estados Unidos tem descoberto com relação ao vírus C tem se aplicado no Brasil. Então, eu acho que no Brasil funcionaria também essa estatística”, disse. No país, embora o tratamento da doença tenha evoluído, a partir de junho, com a criação de centros para implantar o uso de medicamentos mais eficientes e modernos, o especialista apontou que a rede de atendimento no Brasil ainda é precária. “Uma coisa é descobrir as pessoas que têm o vírus outra é ter uma estrutura preparada no país para receber estas pessoas e tratá-las”, explicou o professor da UFRGS. Segundo ele, a estimativa, no Brasil, é que existam 2 milhões de pessoas infectadas pelo vírus C. Destes, 150 mil foram diagnosticados, acrescentou. Hugo Cheinquer disse que hepatite C tem cura se diagnosticada e tratada precocemente. Ele informou que os dados do Ministério da Saúde indicam que cerca de 2 milhões de brasileiros estão infectados. O problema, segundo o médico, é que a maior parte nem sabe que tem a doença, classificada por ele, como silenciosa. “[A doença] começa a aparecer nas fases finais com uma cirrose ou um câncer”, acrescentou.

quarta-feira, 3 de julho de 2013

Sergipanas terão direito à vacina contra HPV

SUS vai imunizar meninas contra HPV em Sergipe. Meninas de 10 e 11 anos serão protegidas contra quatro variáveis do vírus, responsáveis por 70% dos casos de câncer de colo do útero. No estado, serão imunizadas 80% do público-alvo formado por 40.685 pré-adolescentes. A partir do próximo ano, meninas de 10 e 11 anos receberão, gratuitamente, a vacina contra o papilomavírus (HPV), usada na prevenção de câncer de colo do útero. A decisão, anunciada esta semana pelo Ministério da Saúde, vai beneficiar 40.685 meninas em Sergipe. No Brasil, a meta é vacinar 80% do público-alvo, estimado em 3,3 milhões. Serão investidos R$ 360,7 milhões na aquisição de 12 milhões de doses. ”Está é mais uma medida para enfrentarmos o problema do câncer de colo do útero, um problema que ainda é grande no país, em especial na região norte. Vamos preparar muito bem este público (meninas de 10 e 11 anos), suas famílias, e reforçar a estratégia envolvendo as escolas e os professores para provocar uma grande sensibilização”, afirmou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha. Ele destacou ainda que a vacinação reduz a circulação do vírus no país. A vacina que estará disponível na rede pública é a quadrivalente, usada na prevenção contra quatro tipos de HPV (6, 11, 16 e 18). Dois deles (16 e 18) respondem por 70% dos casos de câncer. No escopo do acordo entre Ministério da Saúde e os fabricantes da vacina - Butantan e Merck Sharp & Dohme (MSD), que atuarão em parceria tecnológica – está prevista a possibilidade de uso da versão nonavalente, que agregará outros cinco sorotipos à vacina. Em relação ao câncer de colo do útero, a cada ano, 270 mil mulheres no mundo morrem por conta da doença. No Brasil, 5.160 mulheres morreram em 2011 em decorrência da doença. Desses óbitos, 60 ocorreram em Sergipe. Para 2013, o Instituto Nacional do Câncer estima o surgimento de 17.540 novos casos no país. A vacina para prevenção da doença tem eficácia comprovada para pessoas que ainda não iniciaram a vida sexual e, por isso, não tiveram nenhum contato com o vírus. A escolha do público-alvo levou em consideração evidências científicas, estudos sobre o comportamento sexual e a avaliação de especialistas que atuam no Comitê Técnico Assessor de Imunizações (CTAI) vinculado ao Ministério da Saúde. A incorporação da vacina complementa as demais ações preventivas do câncer de colo do útero, como a realização do Papanicolau e o uso de camisinha em todas as relações sexuais. “É uma vacina para proteger para o futuro, mas que não elimina as medidas de saúde que já estão sendo tomadas pelas mulheres para se proteger do vírus”, reforçou o secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa. O Ministério da Saúde orienta que as mulheres dos 25 aos 64 anos façam o exame preventivo, o Papanicolau, a cada três anos. Em 2012, foram 11 milhões de exames no SUS, o que representou investimento de R$ 72,6 milhões. Do total, 78% foram na faixa etária prioritária. Em Sergipe, foram realizados 101,9 mil exames no mesmo período ao custo total de R$ 668 mil. No ano passado, o investimento no atendimento e expansão dos serviços para tratamento de câncer na rede pública de saúde do Brasil foi de R$ 2,4 bilhões, 26% maior que em 2010. O Ministério da Saúde também está desenvolvendo o Plano de Expansão dos Serviços de Radioterapia, com aplicação de R$ 506 milhões na criação de 41 novos serviços de radioterapia e ampliação de outros 39. Cada um dos 80 serviços de radioterapia receberá um aparelho Acelerador Linear. Existem, atualmente, 277 estabelecimentos disponíveis para o atendimento e tratamento do câncer. Em 2011 foram habilitados dez hospitais, em 2012 foram onze e em 2013 já são nove novos hospitais habilitados. ESTRATÉGIA DE VACINAÇÃO – A imunização será feita em três doses, aplicadas com autorização dos pais ou responsáveis das pré-adolescentes, de acordo com o seguinte esquema: após a aplicação da primeira dose, a segunda deverá ocorrer em dois meses e a terceira, em seis meses a contar da primeira dose. Para chegar com mais agilidade ao público-alvo e ampliar a adesão à proteção contra o HPV, a estratégia será mista: a imunização ocorrerá tanto nas unidades de saúde quanto nas escolas. Após o primeiro ano de imunização, a oferta deverá passar de 12 milhões de doses para 6 milhões de doses por ano, pois parte do público-alvo já estará imunizado. PRODUÇÃO NACIONAL – A introdução da vacina no SUS foi possível por conta de acordo parceria para o desenvolvimento produtivo (PDP), com transferência de tecnologia entre o laboratório internacional Merck Sharp & Dohme (MSD) e o Instituto Butantan, que passará a fabricar o produto no Brasil. “A medida confirma o esforço do governo brasileiro em aliar inovação tecnológica às necessidades sociais. Estamos produzindo uma vacina, desenvolvendo tecnologia e gerando economia aos cofres públicos”, disse o secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação do ministério, Carlos Gadelha. O Ministério da Saúde pagará cerca de R$ 30 por dose, o menor preço já praticado no mercado – 8% abaixo do valor do Fundo Rotatório da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAs). A expectativa, em cinco anos, é de um valor 34% menor ao custo atual. Com isso, será possível economizar cerca de R$ 200 milhões (ou US$ 91 milhões) no período, com a queda do custo de US$ 543 milhões para US$ 452,5 milhões. Nesse período, o laboratório público passará a ter domínio de todas as etapas para a produção do insumo. Além disso, a produção do imunobiológico contará com investimento de R$ 300 milhões para a construção de uma fábrica de alta tecnologia pelo Instituto Butantan, baseada em engenharia genética. “A incorporação dessa vacina vai representar muito em termos de desenvolvimento tecnológico. Foi um processo muito transparente em que se buscou o interesse nacional”, ressaltou o diretor do Instituto, Jorge Kalil. O Ministério da Saúde oferta 26 vacinas através do Programa Nacional de Imunizações. Destas, 98% já são fabricadas no Brasil ou estão em fase de incorporação da tecnologia. A vacina contra o HPV é mais um dos produtos biológicos que será fabricado pelo Brasil por meio de uma Parceria para o Desenvolvimento Produtivo (PDP) articulada pelo Ministério da Saúde. Com esse novo acordo, o país passará a produzir 26 biológicos. Além da vacina para HPV, destacam-se medicamentos para câncer de mama, leucemia e artrite reumatoide. Atualmente, os biológicos consomem 43% dos recursos do Ministério da Saúde com medicamentos, cerca de R$ 4 bilhões por ano, apesar de representarem 5% da quantidade adquirida. SOBRE O HPV – O HPV é capaz de infectar a pele ou as mucosas e possui mais de 100 tipos. Do total, pelo menos 13 têm potencial para causar câncer. Estimativa da Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que 291 milhões de mulheres no mundo são portadoras do HPV, sendo que 32% estão infectadas pelos tipos 16, 18 ou ambos. No Brasil, a cada ano, 685.400 pessoas são infectadas por algum tipo do vírus.

segunda-feira, 1 de julho de 2013

Sergipe recebe a Caravana Siga Bem 2013

A ação promove o combate à Violência contra a Mulher e a Prevenção das DST/Aids. A Caravana Siga Bem 2013, patrocinada pela Petrobras e pela Petrobras Distribuidora, chega hoje, 1º, em Sergipe. A ação itinerante, que passará por 57 cidades em 21 estados brasileiros, de abril a dezembro, será realizada no posto Reforço II, em Umbaúba. Considerada a maior ação de responsabilidade social itinerante da América Latina, a caravana vai percorrer mais de 21 mil quilômetros de estradas federais. Em cada parada, em 42 postos da Petrobras Distribuidora espalhados pelo Brasil, serão realizadas palestras, debates, vídeos e filmes sobre a importância de garantir os direitos da criança e do adolescente, além de ações educativas voltadas para a segurança nas rodovias, em parceria com a Polícia Rodoviária Federal. O projeto Siga Bem Criança comemora uma década este ano. A iniciativa da Petrobras faz parte de um conjunto de ações integradas com parceiros como a Secretaria de Direitos Humanos, Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República e a Polícia Federal. Durante todo o período de realização do projeto, serão exibidas matérias específicas sobre as ações do Siga Bem Criança e Siga Bem Mulher no programa de TV "Brasil Caminhoneiro". Também serão veiculados spots de rádio sobre a proteção da criança e da mulher no programa diário "Siga Bem Caminhoneiro", veiculado em 170 emissoras em todo o Brasil, e divulgadas as ações realizadas no hotsite do projeto na internet. Nesta edição, os caminhoneiros vão saber mais sobre o fluido automotivo Flua Petrobras e o novo Diesel S- 10 que possui menor teor de enxofre e é adequado aos novos motores do Programa de Controle de Poluição do Ar por Veículos (Proconve - P7). Também serão realizadas ações da Campanha de Racionalização do Uso de Combustíveis. Ao longo do ano, a Petrobras Distribuidora realizará ações promocionais para o público de caminhoneiros, envolvendo os 400 maiores postos rodoviários em venda de diesel. A cada R$ 500,00 em combustíveis ou lubrificantes nos postos Petrobras participantes, ou serviços nas concessionárias Volvo, ou ainda na compra de caminhões da linha Viking, o motorista recebe um cupom eletrônico para concorrer ao sorteio de três caminhões VM 270. Nas ações realizadas nos 42 postos da Rede Siga Bem, o caminhoneiro também pode se cadastrar, responder perguntas sobre os temas abordados na Caravana e concorrer a cavalo mecânico Volvo FH 460, além do título de Caminhoneiro do Ano Siga Bem. A Caravana - A Caravana Siga Bem é patrocinada desde 2003 pela Petrobras por meio do Programa Petrobras Desenvolvimento & Cidadania, através da ação estratégica "Difusão de Informações para Cidadania". Desde que foi lançada, percorreu mais de 150 mil quilômetros, visitou aproximadamente 250 municípios brasileiros e contou com a participação efetiva de cerca de 1,4 milhão de motoristas profissionais em cerca de 600 eventos e mil dias na estrada. Em 2012, a caravana percorreu mais de 16 mil quilômetros de estradas. Por meio do projeto, a companhia reafirma o enfrentamento à violência contra as mulheres e à exploração sexual de crianças e adolescentes, através das ações do "Siga Bem Mulher" e "Siga Bem Criança", além de divulgar conceitos éticos, como a segurança nas estradas e respeito ao meio ambiente.