terça-feira, 17 de setembro de 2013

Saúde em Sergipe apresenta avanços

Há 10 anos, ‘saúde' é um termo que conquistou várias definições em Sergipe. Com políticas públicas de saúde integradas aos programas federais e a ampliação da rede de assistência básica, os sergipanos estão vivendo mais, têm um melhor acesso ao atendimento e mais qualidade de vida. Doenças diarréicas, meningite, hanseníase, tuberculose e AVC deixaram de vitimar a população, aumentando assim a expectativa de vida. No período entre 2001 e 2011, a esperança de vida em Sergipe aumentou 3,4 anos, saltando de 68,8, em 2001, para 72,2 em 2011. Os avanços na Saúde estão catalogados no documento 'Indicadores de Desenvolvimento Sergipano'. O estudo foi elaborado pelo Observatório de Sergipe, por meio da Secretaria de Estado do Planejamento, Orçamento e Gestão (Seplag), com o intuito de sistematizar, interpretar e demonstrar um conjunto de indicadores, em diversas áreas, que expressa as principais conquistas da sociedade sergipana na última década. Investimentos no fortalecimento da rede de saúde básica e programas preventivos, quando somados às ações de geração de emprego e ao aumento de renda do sergipano, impactaram positivamente nos indicadores de saúde do estado. O número de casos de doenças associadas à miséria, como tuberculose, hanseníase, meningite, doenças diarréicas, entre outras, diminuem constantemente. Em relação à tuberculose, verifica-se uma queda de 21,4% no número de casos entre 2001 e 2011. Neste tipo de patologia, ações preventivas e de identificação são imprescindíveis no combate e controle dessa doença infecciosa, causada pelo Mycobacterium tuberculosis ou bacilo de Koch, como é mais comumente conhecida. Já em relação à hanseníase, a diminuição de notificações alcançou 35%. A secretária de Estado de Saúde, Joélia Santos, explica que para alcançar esses índices, a Secretaria de Estado de Saúde (SES) intensificou a atuação da SES na área de atenção Básica, com programas de higienização e vigilância nutricional. "Houve uma mudança de paradigma que foi trabalhar a área de prevenção e promoção para que pudéssemos modificar os hábitos de higienização e de alimentação da população a partir da base. Também contamos com acompanhamento do sistema de vigilância alimentar e nutricional", informa. Com recursos do Ministério da Saúde, a Secretaria investe na diminuição da incidência dessas doenças através da capacitação dos profissionais da atenção básica, supervisão técnica do sistema de informação, monitoramento e avaliação dos indicadores, discussão da situação epidemiológicas das doenças junto aos municípios, orientação para elaboração de ações estratégicas junto à comunidade para redução das doenças e participação nas ações de mobilização. A gestão estadual também disponibiliza medicações para o tratamento da hanseníase, tuberculose, meningite, esquistossomose. A redução de casos de tuberculose é fruto desse trabalho. Sergipe obteve o 3º melhor controle da doença no Brasil, ficando atrás dos estados do Acre e Roraima. Em 2011, o Brasil registrou 70 mil novos casos de tuberculose. Desse total, 569 foram em Sergipe. Em 2012, o Estado registrou 514 casos e, até o mês de julho de 2013, foram notificados 284 novos casos. Joélia destaca que o grande desafio é incorporar qualidade aos anos adquiridos à expectativa de vida da população. Para isso, a gestão estadual desenvolve uma série de programas preventivos e de controle de doenças como Saúde Bucal, Saúde Criança, Saúde da mulher, Saúde Adulto, Idoso e Homem, Saúde Escola, DST / Aids, Academia da Cidade, Farmácia Popular, Controle da Dengue e campanhas periódicas de vacinação. Com essas ações, a mortalidade por AVC - doença que tem como fatores de risco a idade avançada, hipertensão arterial e hábitos não saudáveis- caiu de 8,26 em 2005, para 5,89 em 2010, representando uma queda de 28,7% no período. "Com o aumento da expectativa de vida como tendência mundial e em função do avanço do indicador de expectativa de vida dos sergipanos na última década, a SES tem apoiado e incentivado o fortalecimento das políticas de promoção à saúde com a implantação do Plano Estadual de Enfretamento de Doenças Crônicas Não Transmissíveis em 2012. O Plano aborda os quatro principais grupos de doenças (circulatórias, câncer, respiratórias crônicas e diabetes) e seus fatores de risco em comum modificáveis (tabagismo, álcool, inatividade física, alimentação não saudável e obesidade), além de definir diretrizes e ações em vigilância e promoção da saúde com a organização das linhas de cuidado". "As ações das academias da Saúde, por exemplo, inserem a atividade física na rotina da população de 44 municípios sergipanos. O principal público são as pessoas a partir de 40 anos, para que elas reduzam os níveis de sedentarismo, de tabagismo, melhorem os níveis de pressão arterial, diminuam os níveis de diabete. Com esse conjunto de programas (da mulher, da criança, DST, Campanhas de Vacinação), temos feito a população envelhecer cada vez mais, alcançando uma média de 73 anos. Em breve estaremos lançando a Política Estadual do Idoso", afirma. Mortalidade infantil e materna Paralelo ao trabalho de melhoria da qualidade de vida do cidadão sergipano, com programas de promoção à saúde, a SES investiu na ampliação de leitos maternos e infantis para reduzir a mortalidade infantil e das parturientes. Somente na Maternidade Nossa Senhora de Lourdes, referência no atendimento de gestantes de alta complexidade em Aracaju, são 130 leitos, sendo 72 obstétricos, e uma média de 450 atendimentos por mês. Com mais leitos e uma rede de atendimento maior, a taxa de mortalidade infantil (menores de um ano de idade), recuou de 37,6 óbitos por mil nascidos vivos, em 2001, para 16,1 por mil, em 2011. Uma redução de 57%. Com este resultado, Sergipe praticamente atingiu a meta dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, estipulada em 15,7 óbitos por mil nascidos vivos. Já o número de óbitos por mortalidade materna caiu 14,7% entre 2002 e 2010, saindo de 79,22 para 67,57, por 100 mil. Conforme os 'Indicadores de Desenvolvimento Sergipano', essa redução é ainda mais significativa se considerada a melhora na identificação dos óbitos associados à gravidez, com o expressivo aumento de óbitos investigados de mulheres em idade fértil entre 2008 e 2010, saindo de 9 casos para 554 casos. "Hoje temos leitos de UTI, UTI intermediária e UTI em método canguru. Isso tem favorecido a integridade da parturiente e aumentado a qualidade de vida dessas mães. A redução da mortalidade infantil é fruto da soma do trabalho da Vigilância Sanitária com a Saúde da Família. Sem a Atenção Básica, esse trabalho não seria possível. O Governo do Estado, através da entrega de Clínicas de Saúde da Família, da melhoria do adensamento tecnológico tem proporcionado a frequência da população nas unidades de Saúde. Mas o mais importante é a Bolsa Família. Com esse programa, as mães são obrigadas a frequentarem as Unidades de Saúde e preencher os cartões da criança e da gestante. Todo esse trabalho é fruto da somatória de trabalhos das áreas federal, estadual e municipal. A SES vem trabalhando para alcançar índices positivos em diversas áreas da pasta. Para isso, capacitamos os servidores, fazemos um trabalho de formiguinha para alcançar esses resultados satisfatórios", ressalta Joélia. Os investimentos estaduais na saúde fazem parte do conjunto de ações do Governo para melhorar a qualidade de vida da população sergipana. No período de 2007 a 2012, o Governo do Estado destinou mais de R$ 188 milhões à pasta. Desse total, R$ 72 milhões foram empenhados na construção de Clínicas de Saúde da Família; R$ 26 milhões na construção dos hospitais regionais de Lagarto, Estância e Propriá. O montante abarca ainda a ampliação de quatro hospitais locais (UPAs) situados em Simão Dias, Boquim, Poço Redondo e Porto da Folha; Centro de Especialidades Odontológicas, instalação de bases do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e farmácias populares. Rede de Atenção Básica - Para garantir um novo modelo de atenção na saúde pública do Estado, o Governo vem realizando um grande investimento na rede de Atenção Primária à Saúde, através da construção de Clínicas de Saúde da Família (CSF). As clínicas fazem parte da política de descentralização da atenção primária, preconizada pela SES e atendem às necessidades básicas dos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS). Já foram entregues 76 CSF, do total de 102 que serão entregues até o final da gestão Marcelo Déda. As unidades totalizam um investimento de R$ 72 milhões.

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Campanha de Vacina Anti-Rábica começa segunda -feira

Terá início nesta segunda-feira, 9, a Campanha de Vacina Anti-rábica em Sergipe. A campanha será realizada nos 75 municípios sergipanos e segue até o dia 18 de outubro, sexta-feira. A vacina é direcionada para cães e gatos. A meta é vacinar 85% da população de 251.401 de cães e gatos do Estado. "O Dia 'D' da campanha e os locais de vacinação contra a raiva serão definidos pelos municípios. Só não podem ser vacinados animais com menos de três meses de idade", disse Monique Santana, coordenadora do Programa Estadual da Raiva. "É necessário que os municípios se empenhem para atingir a meta e as pessoas levem seus animais até os locais de vacinação. A vacina é a principal forma de eliminar a raiva que mata animais e pessoas todos os anos", alertou a coordenadora. A raiva é uma das doenças que mais podem matar e é transmitida através de arranhaduras, mordeduras e lambeduras de animais domésticos ou silvestres que estão com vírus. "Ao ser agredida por um animal mamífero infectado pelo vírus, a pessoa deve procurar imediatamente uma unidade de saúde para que possa passar por avaliação dos profissionais e iniciar o tratamento. Para evitar a doença, é necessário manter os animais domésticos vacinados", explicou Marco Aurélio Góes, médico infectologista da SES. Mais informações com a Assessoria de Imprensa da Secretaria de Estado da Saúde (SES), 3234- 9591 / 3234- 9557 / 3234- 9500.